Acusado por morte de jovem, ex-padrasto monitorava localização da vítima

Acusado por morte de jovem, ex-padrasto monitorava localização da vítima

Eduardo de Freitas, principal suspeito de matar a vendedora Anna Carolina Pascuin Nicoletti, de 24 anos, encontrada morta dentro do próprio apartamento pelo namorado, no dia 13 de novembro, no bairro Wanel Ville em Sorocaba (SP), perseguia a vítima pelas redes sociais e tinha uma senha para localizá-la. As informações são do G1.

Durante investigação da Polícia Civil, em um bloco de notas de um celular do ex-padrasto da vítima, foi encontrado a anotação do suposto aplicativo espião, que também pode ser chamado de “spyware” ou “stalkerware”. Outra mulher também seria monitorada pelo réu.

Estes aplicativos ficam ativos em segundo plano, sem que o dono do dispositivo perceba, monitorando as atividades do usuário e repassando remotamente os dados armazenados, é o que afirma, Emilio Simoni, executivo-chefe de segurança da PSafe,

“Tipos: os Spywares e os Stalkerwares. Apesar de terem o mesmo objetivo, de espionar o que o dono do dispositivo está fazendo, costumam ser usados de formas distintas. Os Stalkerwares precisam ser instalados por alguém de forma direta no celular da vítima, por isso tendem a ser utilizados por pessoas próximas. Já os Spywares geralmente são utilizados por cibercriminosos com o objetivo de roubar dados e senhas de outras pessoas e podem ser instalados remotamente”, detalha.

Alguns sinais podem ser um alerta de que o aplicativo está instalado no dispositivo, ressalta o especialista.

“O aumento do consumo de energia e a ativação de recursos que o usuário não tenha feito (como GPS, por exemplo). A principal dica é ter uma solução de segurança capaz de bloquear qualquer ameaça.”

Eduardo de Freitas chegou a ser preso temporariamente por 60 dias pela morte de Anna Carolina, mas a Justiça não decretou a prisão preventiva. Ele foi solto mesmo virando réu por homicídio qualificado.

Segundo a investigação da Polícia Civil, enquanto Carol, como era conhecida por parentes e amigos, ainda morava em Pilar do Sul, o réu invadiu a casa dela e passou a lhe enviar fotos dos cômodos e mensagens, quando acreditou que ela estaria com outra pessoa. A bolsa dela também teria sido levada, mas devolvida depois.

Ex-padrasto, suspeito de matar jovem, perseguia vítima usando aplicativos - Foto: Reprodução
Ex-padrasto, suspeito de matar jovem, perseguia vítima usando aplicativos – Foto: Reprodução

Após a ida da jovem para Sorocaba, o ex-padrasto teria criado um perfil fake e se passado por um cliente para visitá-la na loja onde trabalhava.

Testemunhas da loja onde a vítima trabalhava, relataram para os investigadores, que Anna Carolina contou que em junho de 2021 o réu se passou por cliente e estacionou o carro em frente ao estabelecimento para supostamente obter informações de um veículo. Ainda segundo os relatos, ao ver que ele estaria entrando na loja, a vítima correu para um depósito.

A polícia analisou câmeras de segurança e viu que no dia da morte a vítima saiu às 18h01 do trabalho e foi até o terminal de ônibus, como de costume.

No entanto, Eduardo passou perto do local às 17h45. Em interrogatório, Eduardo afirmou que esteve em Sorocaba naquele dia para a compra de materiais de construção e retornou para Pilar do Sul.

Segundo o G1, o juiz aceitou a denúncia por homicídio qualificado oferecida pelo Ministério Público, mas não aceitou a prisão preventiva. Portanto, o ex-padrasto ficará em liberdade durante o processo.

A Justiça proibiu o réu de manter contato e se aproximar dos familiares da vítima e devendo manter distância mínima de 100 metros deles, sob pena da decretação da prisão cautelar novamente.

Entre os pedidos do MP e que a Polícia Civil deverá realizar estão os novos depoimentos de testemunhas, mais perícias e diligências.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima sofreu um disparo de arma de fogo na região testa, sem a saída do projétil. A arma do crime não foi localizada.

Anna Carolina foi achada morta no dia 13 de novembro na cama dela, no bairro Wanel Ville. A casa não tinha sinal de arrombamento e estava com a porta destrancada.

Fonte Yahoo Noticias

mark ds

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